Aos domingos, entre 5 horas da tarde e 11 da noite, a velha Praça 10 de novembro, atual Praça Agamenon Magalhães, ficava em festa e parecia que se tornava pequena para comportar tanta gente. Eram pessoas jovens, em sua maioria, que vinham de toda a parte e ali se aglomeravam.
Grupos de moças, sempre de braços dados, passeavam e se cruzavam alegremente pelo interior e ao redor da praça. Os rapazes, entretanto, costumavam permanecer parados em diversos pontos da calçada, como se assim estivessem assistindo melhor aquele desfile natural de graça e beleza. Havia troça de sorrisos. Olhares de ternura. Aperto de mãos e idílios amorosos.
Por trás daquela praça, existia a Capela de São José, onde alguns casais iam fazer suas preces... Ao lado o tradicional Clube Tênis, órgão recreativo e esportivo dos estrangeiros que trabalhavam na Companhia de Tecidos Paulista (C.P.T.).
Na esquina, onde hoje funciona a agência da Previdência Social (INSS), era a sede do Clube "Paulistano", em prédio térreo, sempre festivo e movimentado, com seu enorme salão de dança todo ornamentado e seus variados jogos de mesa. Entre o Clube "Paulistano" e o Clube Tênis, funcionavam o pastoril do "seu" Antônio de Nô e o bar de João "sabe tudo".
No meio da praça havia um salão de dança ao ar livre, junto a uma sorveteria. Ali, com grande animação e ao som de gravações musicais, os jovens também dançavam e se divertiam.
Infelizmente, a velha Praça 10 de Novembro já não inspira aquela mesma alegria e poesia de outrora.