Paulista tem um passado de glória na história do turfe nacional e internacional, com a participação do famoso cavalo "Mossoró". Toda esta história, se contada por completo, daria um volumoso romance, pela riqueza de informações e fartura de acontecimentos marcantes. O certo é que o Haras de Maranguape marcou uma época no cenário turfista mundial, através de belas jornadas e gloriosas conquistas.
Mossoró nasceu em 24 de agosto de 1929 no Haras de Maranguape. Participou de várias competições importantes na Inglaterra, dentre as quais destacamos os seguintes clássicos: "Cesarewitch Stakes", "Cambridgeshire Stakes", "Manchester November Handcap" e "The Spring Warwich Handcap"; consagrando-se internacionalmente. Mossoró foi também o grande vencedor do Primeiro Grande Prêmio Brasil disputado no Rio de Janeiro em 1933, um ano de grandes vitórias (dez ao todo). Por tantos feitos, Mossoró recebeu até um monumento no Parque de Produção Animal do Recife, como uma justa e merecida homenagem pelo seu passado de campeão.
Ao tecer comentários a respeito do Haras de Maranguape ou da vida de Mossoró, não se pode deixar de mencionar, com destaque especial, o nome do Sr. Tito Arruda, que era o gerente do Haras Maranguape, e também o responsável direto pelo tratamento dos chamados cavalos de "puro-sangue" da Companhia de Tecidos Paulista (C.T.P.) e amigo pessoal e pessoa de confiança do coronel Frederico Lundgren.
Mossoró, ao deixar as competições ficou no Haras Maranguape como reprodutor, morreu com quase 25 anos. Lá foi enterrado e no local foi plantada uma palmeira imperial. A Imprensa esportiva brasileira, e também a inglesa, lamentaram a perda. Nas páginas da história do turfe, Paulista deixou um capítulo à parte, escrito pela destreza do famoso cavalo "Mossoró".